Minha fama de
destruidor vai longe... não durou um ano. Corridinha para fugir da
chuva, caiu do meu bolso sem eu perceber, entrei no carro, fui
embora. Quando percebi era tarde. Voltei ao lugar e encontrei só a
capinha.
Fico imaginando meu N8 quicando no asfalto, cercado por partículas de areia molhada
e gotas de chuva, girando em varias direções em torno de si mesmo.
Pequenos pedacinhos de pedregulho riscando a tela. A capinha se
separando. Um ou outro carro passando por cima. Enquanto vou me distânciando, num carro, sem imaginar o que acaba de acontecer.
Vem um garoto, correndo pra pegar o próximo ônibus, chuta sem querer o pequeno objeto, já meio caraquento, próximo ao meio fio. Abaixa, pega o celular, limpa um pouco a sujeira com a camisa, e percebe que ainda está ligado e funcionando. Olha em volta, ninguém parece ter visto, ninguém parece estar procurando. Então rapidamente ele embolsa o aparelho e entra no ônibus.
Vem um garoto, correndo pra pegar o próximo ônibus, chuta sem querer o pequeno objeto, já meio caraquento, próximo ao meio fio. Abaixa, pega o celular, limpa um pouco a sujeira com a camisa, e percebe que ainda está ligado e funcionando. Olha em volta, ninguém parece ter visto, ninguém parece estar procurando. Então rapidamente ele embolsa o aparelho e entra no ônibus.
Sente uma agoniazinha
boa, o lucro fácil, a sorte lhe brindou hoje. A perda sempre é pelo
azar, nunca pela imprudência. Enquanto o sucesso só vem com a
sorte, nunca pelo trabalho, nunca pela dedicação. As vezes eu acho
que tem gente demais pensando assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário