domingo, 17 de junho de 2012

É difícil manter o sonho fora da confusão depois que se acorda.


Eu, meu primo Saulo, e nossos amigos Brunno e Neto, sentados numa garegem. Através do portão aberto vejo duas figuras sob sol. Moças muito brancas, esbeltas, de cabelos lisos e muito escuros. Vestem trajes de praia. Uma delas é bem mais alta, lábios marcantes e aparenta ter cerca de vinte anos, é Raysa, irmã mais nova de uma antiga amiga de colégio. A outra é muito menor e visivelmente ainda uma criança, talvez irmã caçula.

Passaram em frente a garagem e apenas observei. Finalmente vejo outra jovem também muito branca, não muito alta, com cabelos lisos, escuros e compridos. No sonho eu a reconheci facilmente, porém alguma cosia me incomodava.

Antes de passar completamente pela entrada da garagem ela me olhou, franziu a testa, então entrou, caminhando na minha direção. Disse: 

- Eu conheço você...

Apesar de saber quem era, tive algumas dificuldades de lembrar do nome. Tinha a pele mais branca do que na realidade, e seus olhos eram um pouco mais puxados que os da realidade, e ela ainda carregava alguma coisa um tanto mágica, quase angelical, também destoando um pouco da realidade. 

- Eu conheço você também. 
- Quem sou eu então?

Hesitei um tanto, até pronunciar cuidadosamente, como quem pisa descalço num chão cheio de pedras. 

- ...Camila. 
- Camila de quê?

Ela respondia rápido, estava muito próxima, parecia procurar meu desconforto, e parecia se divertir com isso. 

- … Alves? 
- Você errou! 
- É mesmo? E eu, quem eu sou?
- Você é o Ed. 
- Qual meu sobrenome? 
- Britto...

Ela riu, meus amigos riam também. Ela estava indo até uma praia. Deixei meus amigos na garagem e segui a pé, abraçado com a jovem. Não lembro sobre o que conversamos, me sentia bem pela proximidade, ao mesmo tempo um tanto desconfortável.

Nos aproximamos de um carro estacionado onde estavam os pais da Camila. Não condiziam com a imagem dos pais reais dela, mas eu não questionei isso durante o sono. Cumprimentei os dois, foram muito simpáticos. Ela ficou no carro e eu voltei pela calçada até chegar novamente na casa onde estavam meus amigos.

Durante o caminho pensei sobre as minhas amizades. Sobre os muitos círculos diferentes. No caso de uma catástrofe, durante uma epidemia zumbi, ou qualquer outra coisas que desestruturasse a sociedade, com qual grupo eu iria preferir ficar?

O restante dessa parte do sonho não é tão interessante quanto a parte seguinte. Apenas eu e meus três companheiros de longa data jogando ping pong como nos velhos tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário